Em época da pandemia do COVID 19, o número de separações e divórcios chamam a atenção.
No Brasil, segundo levantamento do Google para Pais&Filhos, em março o site de buscas registrou aumento de 82% na pergunta “como dar entrada no divórcio”.
Esse cenário tem se repetido em vários países, com destaques para reportagens com títulos como: “Aumento de divórcios na pandemia”, “Casais se separam durante a pandemia”, “Records de divórcio em tempo de pandemia”.
SERÁ QUE A PANDEMIA É O MOTIVO DE TANTAS SEPARAÇÕES?

Em época da pandemia do COVID 19, o número de separações e divórcios chamam a atenção.
No Brasil, segundo levantamento do Google para Pais&Filhos, em março o site de buscas registrou aumento de 82% na pergunta “como dar entrada no divórcio”.
Esse cenário tem se repetido em vários países, com destaques para reportagens com títulos como: “Aumento de divórcios na pandemia”, “Casais se separam durante a pandemia”, “Records de divórcio em tempo de pandemia”.
Entre o período que vai de maio a junho de 2020, o número de divórcios no Brasil aumentou em 18,7% se comparado ao mesmo período no ano passado. Os dados são de cartórios de todo o país que relatam o aumento dos divórcios consensuais, que é quando ambas as partes optam pela separação. (paisefilhos.uol.com.br).

Mas será mesmo que a pandemia é a vilã de tantos divórcios?

No momento em que a convivência se intensificou, as pessoas precisaram olhar para si mesmas e para suas relações.
Aqueles casais que já não tinham muito diálogo, que não conseguiam resolver seus conflitos, que por algum motivo apresentavam comportamentos como ciúme excessivo, imaturidade, comportamentos violentos, abusivos, problemas emocionais, falta de cooperação, entre outros, estes casais ao terem uma convivência intensa durante a pandemia, tiveram essas dificuldades potencializadas e isso sim pode ser a causa de tantas separações.
Durante a pandemia e o isolamento social, tanto homens quanto mulheres intensificaram seus papéis, as crianças ficaram em casa, o trabalho também veio para dentro de casa e com isso, pais precisaram exercer os papéis de mãe, pai, filho, filha, profissional, marido, esposa, dona de casa.
Numa situação normal, os casais deixavam seus filhos na escola e só iam buscá-los no fim da tarde, marido e mulher passavam o dia no trabalho e só se encontravam á noite, já cansados. O tempo, para desenvolver uma relação autêntica, honesta para aqueles casais que já não estavam bem, era muito escasso, portanto, as dificuldades eram deixadas em segundo plano.
No momento em que a pandemia levou ao isolamento social e obrigou as pessoas a conviverem de verdade, as dificuldades vieram à tona, obrigando de certa forma a enfrentá-las.
Em contrapartida, casais que já caminhavam para relações saudáveis, com facilidade para o diálogo e gerenciamento de conflitos, puderam evoluir para uma relação consistente. Um relacionamento saudável, no qual as pessoas conversam, tem diálogo, flexibilidade, cooperação, respeito, honestidade, tudo isso contribui para o fortalecimento e não para separação.
Tenho observado na prática clínica que as pessoas chegam na psicoterapia, emocionalmente abaladas e com muita dificuldade de “olhar” para o seu 50% na relação.
A psicoterapia com base na Análise Transacional, visa promover uma reflexão constante, para que o indivíduo torne-se responsável pelas suas ações e compreenda que suas escolhas impactam nos seus resultados, desenvolvendo a autonomia e o bem estar, através de mudanças possíveis.

Maria do Carmo Schmidt
Psicóloga/Psicoterapeuta / CRP 08/2360

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